domingo, 20 de novembro de 2011

OTÍLIA AMORIM


OTÍLIA AMORIM
13/11/1894, Rio de Janeiro, RJ - circa 1970, São Paulo
FOTOS


A cantora e atriz Otília Amorim estudou num colégio de freiras, até que dificuldades financeiras da família levaram à interrupção de seus estudos. Estreou como artista em 1910 atuando como atriz no filme "Vida do Barão do Rio Branco", de Alberto Botelho. No ano seguinte estreou como corista no Teatro de revistas com "Peço a palavra", no Teatro Carlos Gomes do Rio de Janeiro. Era uma completa atriz de revista. Dançava, era caricata, representava, era bonita e desembaraçada, com total domínio da platéia, foi, segundo o poeta Orestes Barbosa, "a precursora do samba no palco". Grande dançarina de maxixes, seu primeiro papel importante foi de Olga na opereta "Ela" encenada no antigo Teatro Chantecler. Trabalhou em muitas companhias teatrais, dentre as quais a de Carlos Leal e Procópio Ferreira. Trabalhou com Leopoldo Fróes, com quem excursionou pela Bahia e Pernambuco, até ingressar no Teatro São José, onde estreou em 1918, na burleta "Flor do Catumbi", de Luís Peixoto e Carlos Bittencourt, com música de Júlio Cristóbal e Henrique Sánchez. Em 1919, voltou ao cinema, atuando nos filmes "Alma sertaneja" e "Ubirajara", ambos de Luís de Barros. No ano seguinte, apresentou-se no Teatro São José cantando com grande sucesso, ao lado de Alvaro Fonseca a marcha "Pois não", de Eduardo Souto e Philomeno Ribeiro, no quadro "Gato, Baêta e Carapicu", na revista "Gato, baeta e carapicu", de Cardoso de Meneses, Bento Moçurunga e Bernardo Vivas. Em 1922 , exibiu-se com sua própria companhia no Teatro Recreio, excursionando em seguida por São Paulo e Rio Grande do Sul. Na revista "Se a moda pega", de Carlos Bittencourt e Cardoso de Meneses com música de Henrique Vogeler, encenada em 1925 no Teatro João Caetano, interpretou a marcha "Zizinha", de José Francisco de Freitas. Sua discografia é pequena, e se iniciou somente em 1931, com cinco discos para a Victor, de onde destacam-se o samba "Eu sou feliz" e o samba batuque "Nego bamba", ambos de J. Aimberê. Neste mesmo ano, participou do filme "Campeão de futebol", de Genésio Arruda. Ainda na mesma época, gravou do maestro pernambucano Nelson Ferreira, o samba "Tu não nega sê home". Em 1932 estreou no Teatro recrio a revista "Calma, Gegê!", onde interpretou o grande sucesso da temporada, a marcha "Gegê", de Getúlio Marinho, o Amor e Eduardo Souto. No mesmo ano gravou na Columbia a marcha "Napoleão", de Joubert de Carvalho. O escritor e musicólogo Mário de Andrade, no Compêndio de História da Música, relacionou entre seus sambas preferidos, quatro gravados por ela: "Nego bamba", "Vou te levar", "Eu sou feliz" e "Desgraça pouca é bobagem". Após casamento com empresário paulista, retirou-se da vida artística. Em 1963, recebeu a medalha Homenagem ao Mérito, da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, por sua dedicação ao teatro brasileiro. Em 1989, o selo Revivendo lançou o LP "Sempre sonhando" com interpretações suas e de Gastão Formenti, Alda Verona, Raul Roulien.

DISCOGRAFIA

JAN/1931 - 78 RPM
1. Eu Sou Feliz (J. Aimberê)
2. Nego Bamba (J. Aimberê)
FEV/1931 - 78 RPM
1. Desgraça Pouca É Bobagem (J. Aimberê)
2. Vou Te Levar (Vicente de Lima / Clínio Julio D'epiro) - com Pilé
FEV/1931 - 78 RPM
1. Sem Você (Otília Amorim / Otávio França)
2. Mangueira (João Martins)
MAI/1931 - 78 RPM
1. Na Miséria (Gabriel Migliori)
2. Por Amor Ao Meu Mulato (Vadico)
1932 - 78 RPM
1. Tu Não Nega Sê Home (Nelson Ferreira)
JAN/1932 - 78 RPM
1. Napoleão (Joubert de Carvalho)
2. Oia A Ganga (Artur Braga)

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